quarta-feira, 10 de outubro de 2007


Quantas crianças têm de morrer nas favelas e morros cariocas pra um burguês enrolar um baseado? Quanto dessa realidade se aplica ao resto do brasil? Será que foi por causa de um filme da globo que a maioria dos meus amigos pararam de fumar? Entre as respostas: estudando pra mestrado, to querendo provar que não sou viciado, pra provar chá é preciso estar limpo, etc. Quem financia realmente o tráfico brasileiro? Quem faz funcionar o "sistema"? Quem são os responsáveis? Em quem a globo quer pôr a culpa?

Wagner Moura ainda se droga? Tantas perguntas fervilham depois das quase duas horas do filmes e suas várias brechas inexplicadas. Será preciso vê-lo nas telonas e gerar mais dinheiro para essa megaempresa que monopoliza a comunicação no Brasil para encontrar respostas? Dez minutos a mais não mudarão o enredo trágico em que estamos inseridos, onde cada um faz nada e todos confiam no jornal, sem esperar por nada de novo, sem querer fazer com que qualquer coisa se transforme.

Eu quero mesmo é saber quem pode o quê? Se o sistema pode funcionar, quem sou eu ou você para deixar de nos drogar? Tem alguém aí que enxerga direito ou é tudo simples ruído de comunicação? Legalizar é a saída ou tem alguma outra solução?

Mais um minuto de silêncio pelo homem que foi morto a tiros na favela, perto do bueirão. Santa Luzia, Coque, Coelhos, Borel e todas as outras áreas que precisam mostrar quem está no poder. Que dizer do interior de onde nem se pode saber. Notícia, boato, mentira: nenhuma distinção. Só se sobe na vida, botando uma doze na mão?

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