domingo, 17 de junho de 2007

uma solidão orgásmica chove preto
enquanto eu sou o drummond de andrade que esqueço
sei dos fimes que invento, não escrevo
sei do dia, da noite
mas só vivo algumas madrugadas

as outras
(aquelas que te foram dadas)
deixei em tua casa
Se ao menos pudesse voltar ao lugar no qual paramos
Vocês podiam até deixar de acreditar,
mas eu, eu teria de volta certas chuvas
talvez contigo monologasse ou, aos pares, me isolasse
(talvez)

Talvez com minha solidão eu fosse feliz
mas ainda não.

Um comentário:

Nata disse...

O danado, guara, é que aceitar a solidão (que é diferente do isolamento total) é condição indispensável para ser livre. Como diria Fernando Pessoa, a pessoa incapaz de conviver um pouco só é um eterno escravo.

Beijo, Super!